sábado, dezembro 13, 2025

Alegrai-vos !

«Olá, amigos!

Ao domingo da alegria, aqui vai uma achega para que a vossa alegria possa ser grande e fecunda!

A graça e a paz do Senhor que é, que era e que vem, estejam convosco!

De novo, amigos, uso uma saudação do Missal romano, que está em consonância com o tempo litúrgico que vivemos. Numa semana, em que ocorreu também a solenidade da Imaculada Conceição, felicito particularmente aqueles que participaram na Eucaristia, em honra d’Aquela que foi concebida sem mancha do pecado original, e nossa Mãe, porque os filhos nunca faltam a uma festa da Mãe. 
E vale a pena continuar a saborear a resposta que deu ao convite de Deus, que a todos nós beneficiou, e que frutifica por toda a eternidade: “Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a Tua Palavra”.

O Senhor vem, e nós queremos preparar-nos para ir ao seu encontro. Estamos já no terceiro domingo do Advento, marcado pela proximidade libertadora de Deus, que vem alegrar os nossos corações. É também conhecido como o domingo da alegria, porque Deus não abandona os homens, e, como vivemos no dia 8, oferece-nos um plano de salvação. 

Na Palavra deste domingo, começa por nos alegrar, para vencer os desertos da criação, e dos homens em particular, pois o nosso Deus “vem salvar-nos”. Dando consistência à nossa esperança, convida-nos à paciência, pois o nosso Deus “está à porta”, lembra a segunda leitura. Deixemo-lO entrar nosso coração! No evangelho, aparece-nos João Baptista como mensageiro, a preparar a chegada de Jesus. Ele se apresenta com a clareza dos sinais do Reino.

"Deus de infinita bondade, que vedes o vosso povo esperar fielmente o Natal do Senhor, fazei-nos chegar às solenidades da nossa salvação e celebrá-las com renovada alegria. Por NSJC…" (Oração de colecta do III Domingo do Advento.)

Como vemos, nesta oração inicial se expressa a nossa alegria, que cresce em intensidade, na esperança de viver as solenidades do nascimento do nosso Salvador.

"O menor no reino dos Céus é maior do que ele [João Baptista]." (Evangelho: Mt. 11, 2-11)

Aqueles que fazem a experiência do Reino, que reconhecem os seus sinais e O acolhem no seu coração, são maiores que João Baptista. 
Se aderimos a Ele, que felicidade nos dá!»
 (Pe. Armando Duarte, partilha/reflexão ao III Domingo Advento (domingo Gaudete) — ano A e semana que se lhe segue)

«Nós, os cristãos, temos o direito de nos alegrar, mesmo diante das dificuldades encontradas no dia-a-dia; temos o dever de manter a esperança, mesmo quando as possibilidades humanas fracassam; temos a oportunidade de continuar esperando, ainda quando os nossos cálculos se mostram errados. A nossa esperança e a nossa certeza não se fundamentam em nós, em nossas possibilidades, mas Naquele que vem, Naquele que o Pai do céu nos envia. Ele é a nossa paz, Ele deve ser a causa da nossa alegria!»

segunda-feira, dezembro 08, 2025

A Hora da Graça Universal - 8 de Dezembro

No dia 8 de Dezembro, em cada ano, das 12 às 13 horas, é quando a Santíssima Virgem Maria derrama maior quantidade de graças à face da Terra.

“Esta será a Minha Hora de Graça”. 

A Santíssima Virgem Maria prometeu que seja o que for que uma pessoa lhe peça na Hora da Graça (ainda que em casos considerados impossíveis) será concedido, se o pedido estiver de acordo com a vontade de Deus. 


Façamos a nossa oração no dia 8 de DezembroSolenidade da Imaculada Conceição da Virgem Maria,  pedindo a Deus as graças necessárias para a nossa vida, por intercessão da Santíssima Virgem, ao meio-dia, nessa Hora da Graça Universal. 


_ Rezar o Angelus
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, 
 Assim como era no princípio, agora e sempre. Ámen. (3 vezes)

Oração:
«Maria da Imaculada Conceição, por todos os Vossos méritos, abri as portas do Vosso Coração e deixai espalhar pelo mundo todo, graças incontáveis, repletas de bênçãos espirituais e temporais.»

(Fazer os pedidos)

7 Ave-Marias, em honra das 7 dores do Coração Imaculado:
Primeira Dor 
Pela dor que sofrestes ao ouvir a profecia de Simeão, de que uma espada trespassaria o vosso Coração; Mãe de Deus, ouvi a nossa prece. 
Ave Maria... 

Segunda Dor 
Pela dor que sofrestes quando fugistes para o Egipto, apertando ao peito virginal o Menino Jesus, para salvar das fúrias do ímpio Herodes; Virgem Imaculada, ouvi a nossa prece. 
Avé Maria... 

Terceira Dor 
Pela dor que sofrestes quando da perda do Menino Jesus por três dias; Santíssima Senhora, ouvi a nossa prece. 
Avé Maria...
 
Quarta Dor 
Pela dor que sofrestes quando viste o querido Jesus com a Cruz ao ombro, a caminho do calvário; virgem Mãe das Dores, ouvi a nossa prece. 
Avé Maria... 

Quinta Dor 
Pela dor que sofrestes quando assististes à morte de Jesus, crucificado entre dois ladrões; Mãe da Divina graça, ouvi a nossa prece. 
Avé Maria...
 
Sexta Dor 
Pela dor que sofrestes quando recebestes nos vossos braços o corpo inanimado de Jesus, descido da Cruz; Mãe dos Pecadores, ouvi a nossa prece. 
Avé Maria...
 
Sétima Dor 
Pela dor que sofrestes quando o Corpo de Jesus foi depositado no sepulcro, ficando vós, na mais triste solidão; Senhora de todos os povos, ouvi a nossa prece. 
Avé Maria...

3 Glória ao Pai, em honra da Santíssima Trindade intercaladas com: 
“Rosa Mística, rogai por nós”.


_ Rezar o Salmo 51 (50) “Miserere” (do livro de Salmos da Bíblia):

1Tem misericórdia de mim, ó Deus, por teu amor;
por tua grande compaixão
apaga as minhas transgressões.

2Lava-me de toda a minha culpa
e purifica-me do meu pecado.

3Pois eu mesmo
reconheço as minhas transgressões,
e o meu pecado sempre me persegue.

4Contra ti, só contra ti, pequei
e fiz o que tu reprovas,
de modo que justa é a tua sentença
e tens razão em condenar-me.

5Sei que sou pecador desde que nasci;
sim, desde que me concebeu minha mãe.

6Sei que desejas a verdade no íntimo;
e no coração me ensinas a sabedoria.

7Purifica-me com hissopo, e ficarei puro;
lava-me, e mais branco do que a neve serei.

8Faze-me ouvir de novo júbilo e alegria,
e os ossos que esmagaste exultarão.

9Esconde o rosto dos meus pecados
e apaga todas as minhas iniquidades.

10Cria em mim um coração puro, ó Deus,
e renova dentro de mim um espírito estável.

11Não me expulses da tua presença
nem tires de mim o teu Santo Espírito.

12Devolve-me a alegria da tua salvação
e sustenta-me
com um espírito pronto a obedecer.

13Então ensinarei os teus caminhos
aos transgressores,
para que os pecadores se voltem para ti.

14Livra-me da culpa dos crimes de sangue,
ó Deus, Deus da minha salvação!
E a minha língua aclamará a tua justiça.

15Ó Senhor, dá palavras aos meus lábios,
e a minha boca anunciará o teu louvor.

16Não te deleitas em sacrifícios
nem te agradas em holocaustos,
senão eu os traria.

17Os sacrifícios que agradam a Deus
são um espírito quebrantado;
um coração quebrantado e contrito,
ó Deus, não desprezarás.

18Por tua boa vontade faze Sião prosperar;
ergue os muros de Jerusalém.

19Então te agradarás dos sacrifícios sinceros,
das ofertas queimadas e dos holocaustos;
e novilhos serão oferecidos sobre o teu altar.


_ De seguida, para completar os 60 minutos, também poderá meditar-se na Paixão de Jesus, rezar-se o Terço, louvar a Deus, ou rezar outras orações favoritas. 

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Nossa Senhora pediu oração e penitência também como preparação para este evento:

«penitência é aceitar todas as nossas cruzes diárias  voluntariamente. Não importa que sejam pequenas, aceitai-as com amor.»

Como oração de preparação rezar em novena -- durante 9 dias antes do dia da Imaculada Conceição, iniciando no dia 29 de Novembro -- o Salmo Miserere (acima descrito); e, eventualmente, também uma oração novena, ou  outra novena, à Imaculada Conceição; e ou, ainda, a oração a Maria da Imaculada Conceição, acima  descrita para a Hora da Graça.


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Mais sobre a Hora da Graça em:





segunda-feira, dezembro 01, 2025


«O Senhor, que vem salvar-nos, esteja convosco!

Amigos: ano novo, vida nova!
Assim, ao começarmos um novo ano litúrgico, saúdo-vos com a proposta do Missal Romano para este tempo de Advento, que agora inicia. Sempre, um novo ano é expressão de alegria, não apenas pelo dom da vida com que continuamos a ser contemplados, mas sobretudo por esta vida nova, que recebemos de Cristo, no dinamismo da ressurreição. É para nós, então, a expressão da graça e do amor de Deus. Acolhemos com gratidão este dom, no encontro com Jesus Cristo, que vem salvar-nos! Efetivamente, o Advento evoca Aquele que vem. 
Até ao dia 16 de Dezembro, a liturgia convida-nos a abrir o coração, a preparar-se para a segunda vinda gloriosa de Cristo; 
a partir do dia 17, voltamo-nos para preparar, e celebrar, a primeira vinda do Senhor, que por amor nasceu no meio de nós!


Vivemos o primeiro domingo do Advento. 

Em comunhão com o Povo da primeira aliança, que esperou a chegada do Messias, e foi caminhando na fé, também nós, novo Povo de Deus, [esperamos] a segunda vinda jubilosa do Senhor. 

Por isso mesmo, as primeiras leituras destes domingos apresentam-nos a mensagem dos antigos profetas, nomeadamente Isaías, com o apelo ao acolhimento e realização das promessas de Deus. Neste domingo, em particular, suspiramos por um mundo de concórdia, de harmonia e de paz sem fim. 

A segunda leitura é da carta aos Romanos, com o apelo a despertar e a abandonar as obras das trevas. 

De sublinhar, no Evangelho, o convite de Jesus, aos seus discípulos, a uma atitude de vigilância, lembrando o que sucedeu nos dias de Noé.


"Despertai, Senhor, nos vossos fiéis, a vontade firme de se prepararem, pela prática das boas obras, para ir ao encontro de Cristo, de modo que, chamados um dia à sua direita, mereçam alcançar o reino dos Céus. Por NSJC…" 

(Oração de colecta do I Domingo do Advento)


Esta oração não só nos convida para o Natal, como também nos prepara para a segunda vinda de Cristo, mas sempre com gestos concretos, através das obras ajustadas a essa vivência. Neste sentido, vale a pena voltar a saboreá-la, como forma de vigilância orante.


"Estai vós também preparados" (Evangelho: Mt, 24,37-44)


Vigilância, é uma palavra de ordem do Evangelho deste domingo: para não andarmos desatentos, com falta de preparação, adormecidos e desviados da vivência da fé, num estilo de vida apenas a pensar neste mundo e no momento presente. 

Que a nossa oração nos leve a concretizar o modo de estar preparados, com obras e compromisso ajustado e coerente.


(Antes de mais, para vivermos bem o Advento, e prepararmos o Natal, procuremos concretizar alguma proposta da paróquia. Mas também nos ajudará, fazer algum propósito de ter um gesto de amor por alguém mais necessitado, ou de procurar viver o sacramento da Confissão, quando for possível, para celebrar mais autenticamente o Natal.)» (Pe.Armando Duarte, partilha/reflexão ao I Domingo Advento - ano A e semana que se lhe segue)


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«Precisamos cada vez mais de fazer este exercício de vigilância sobre nós mesmos, de estarmos atentos à nossa vida, ao que se passa dentro de nós (desejos, angústias, temores, expetativas) e à nossa volta; precisamos de ler os grandiosos e humildes sinais dos tempos, para discernir se tal coisa, tal sentimento, tal movimento, tal acontecimento, se vem por bem ou, se pelo contrário, vem do Mal, para nos destruir.


A vigilância está ligada à fulgurante arte de tecer a vida colocando-a constantemente nas mãos de Deus, falando com Ele; ousar re-nascer e fazer re-nascer quem sofre ao nosso lado; dar sabor à nossa vida, colocando ao serviço de todos os nossos talentos.» Padre João Torres

sábado, novembro 22, 2025

Jesus Cristo reina em nós

«A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, que por nós morreu e ressuscitou, esteja convosco!

Saúdo-vos, de novo, a partir do Missal Romano, como tenho referido, para vos ajudar a aprofundar toda a riqueza que nos proporciona, na perspectiva da vivência eucarística. Na saudação vai toda a expressão do que de mais belo nos habita. Um simples “bom dia” manifesta a nossa bondade e a comunicação do que de bom transmitimos aos outros. Por isso, numa vivência cristã e eucarística, comunicamos o dinamismo da vida que há em nós!


Estamos no último domingo do ano litúrgico, com a solenidade de Cristo Rei.
A Palavra de Deus convida-nos a tomar consciência da realeza de Jesus. Deixa claro, no entanto, que essa realeza não pode ser entendida à maneira dos reis deste mundo: é uma realeza que se exerce no amor, no serviço, no perdão, no dom da vida. Jesus Cristo é nosso Rei, e de todo o universo, porque n’Ele, e para Ele, todas as coisas foram criadas, lembra a 2ª leitura. Nós, que somos seguidores de pessoas e coisas, marcadas pela caducidade e precariedade, saibamos seguir e testemunhar Aquele que é nosso Rei eterno. Só Ele realiza plenamente a nossa vida!

«Deus eterno e omnipotente, que no vosso amado Filho, Rei do universo, quisestes instaurar todas as coisas, concedei propício que todas as criaturas, libertas da escravidão, sirvam a vossa majestade e Vos glorifiquem eternamente. Por NSJC…» (Oração de colecta XXXIV Domingo comum – Solenidade de Cristo Rei)

A realeza de Cristo não se manifesta num poder temporal e terreno, mas interior e espiritual. Ele quer reinar em nossos corações, libertando daquilo que nos escraviza. Como precisamos de assumir a beleza e a riqueza desta oração!

Logo na saudação inicial, invocámos Cristo morto e ressuscitado. É assim que somos convidados a contemplar Cristo, no alto da cruz, morto por nosso amor, que o Pai O ressuscitou, e O apresenta como nosso Rei e Senhor. Rezemos-Lhe como o malfeitor arrependido:

 

"Jesus, lembra-Te de mim, quando vieres com a tua realeza." (Evangelho: Lc. 23, 35-43)

 

Também Ele nos responderá, e nos oferecerá o Seu amor e a vida plena.
 Jesus, Tu és o meu único Rei e Senhor!

É dia de Cristo Rei, e é também Dia Mundial da Juventude. 
Se a juventude arrefecer, o mundo vai morrer de frio! Põe-te a mexer!»
(Pe. Armando Duarte, partilha/reflexão para o XXXIV Domingo comum ano C  – Solenidade de Cristo Rei, e semana que se lhe segue)


«Cristo Rei… Em que o seu Reino és tu.
Ele é Rei de cada rosto e de cada coração.
(...)
Abre as portas da tua vida a este Rei que quer reinar em ti.»
(Padre João Torres)

A cruz é o trono de um Deus que recusa qualquer poder e escolhe reinar no coração dos homens através do amor e do dom da vida.

segunda-feira, novembro 17, 2025

Vigilância comprometida com os valores do Reino

«A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, que por nós se fez homem, esteja convosco!

Nesta saudação, assumi mais uma das versões, que nos apresenta o missal romano. Este novo missal, em vigor em Portugal, apresenta variadíssimas saudações, para o início da Eucaristia. Entre elas, são também propostas sugestões concretas para os tempos litúrgicos fortes, como o Advento, o Natal, a Quaresma e a Páscoa. É um objectivo enriquecedor, para não cair na monotonia. 

 

Recordo que estamos no penúltimo domingo do ano litúrgico, o XXXIII domingo do tempo comum. 
A liturgia deste dia reflecte sobre o sentido da história da salvação e aponta a meta final para onde Deus nos conduz: o novo céu e a nova terra da felicidade, e da vida plena e definitiva. 
Na nossa caminhada, cada dia faz renascer esta esperança, enfrentando adversidades, e assumindo um verdadeiro combate espiritual. Daí, importa assumir um cuidado vigilante para não sermos uns vencidos. Tudo começou na ressurreição de Jesus Cristo e culmina na sua segunda vinda gloriosa.

Alimentados pela Palavra do Senhor, em nós deve nascer “o sol da justiça”, que traz os “seus raios de salvação”, como nos anuncia a 1ª leitura. Para isso, não vivamos na ociosidade, lembra a 2ª leitura, e estejamos atentos aos sinais dos tempos, que nos alertam para a vigilância, comprometida com os valores do Reino.

"Senhor nosso Deus, concedei-nos a graça de encontrar sempre a alegria no vosso serviço, porque é uma felicidade verdadeira e profunda ser fiel ao autor de todos os bens. Por NSJC…" (Oração de colecta do XXXIII Domingo comum)

O advérbio sempre exprime a atitude permanente, que precisamos viver, para alcançar a felicidade e a vida plena. Para isso, sejamos constantes na nossa relação pessoal com Deus.

 

"Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas" (Evangelho: Lc. 21, 5-19)

 

O evangelho de hoje convida-nos ao compromisso pela transformação do mundo, a partir dos valores do Reino. Será um caminho cheio de dificuldades e perseguições, mas o Senhor é a nossa força! Não tenhamos medo, pois nenhum cabelo da nossa cabeça se perderá!»

(Pe. Armando Duarte, partilha/reflexão para o XXXIII Domingo comum ano C e semana que se lhe segue)


 
"Jesus adverte-nos: «Não vos deixeis enganar, nem perturbar!»
Esse é o desafio — orientar o nosso olhar e o nosso coração para o essencial.
(...)
É hora de dizer: eu estou aqui!
É o momento de cultivar um estilo de vida cristã, paciente e tenaz, que nos ajude a responder a novas situações e desafios sem perder a paz nem a lucidez."

domingo, novembro 09, 2025

Dedicação da Basílica de Latrão

Das catacumbas à Luz 


Os primeiros cristãos usavam as catacumbas como locais de culto porque a sua fé era proibida e perseguida pelo Império Romano.

Quando o imperador Constantino se converteu ao Cristianismo, no ano 313, deu liberdade de culto aos cristãos e ofereceu-lhes as terras de Latrão para construir um templo.

Do quarto século ao décimo quarto, Latrão foi a principal sede do papado, tornando-se o símbolo e o coração da vida da Igreja.

"Ao longo dos séculos, a Basílica foi destruída, várias vezes, mas sempre reconstruída: sua última reconstrução deu-se sob o Pontificado de Bento XIII, que a reconsagrou em 1724. Desde então, a festa que hoje celebramos, foi estendida a toda a cristandade." 
(...)
"A festa da Dedicação da Basílica de Latrão, que celebramos hoje, nos permite recordar o caminho do Povo e o zelo constante e fiel de Deus. No entanto, recordamos que, hoje, cada um de nós é a "casa de Deus”, em Jesus ressuscitado, porque o Espírito mora em mim, em cada um de nós (1Cor 3,16)."

«Celebrar a Basílica de Latrão é recordar a nossa própria vocação:
ser templo.
Ser morada.
Ser Igreja.
(...)
somos pedras vivas do sonho de Deus.
E unidas a Cristo,
essas pedras formam o templo onde o Amor habita.» 
9 de Novembro, Dedicação da Basílica de Latrão

«Vi a água sair do templo
e todos aqueles a quem chegou esta água foram salvos» 
(da primeira leitura, retirada da Profecia de Ezequiel)

Salmo Responsorial (Salmo 45):
"Os braços dum rio alegram a cidade de Deus, a mais santa das moradas do Altíssimo." Salmo e Análise litúrgica e musical  
("Este salmo é muito profundo e com esta análise minuciosa acaba por nos conduzir à cidade santa e enchemo-nos de alegria quando o cantamos.")
 mp3 


sexta-feira, novembro 07, 2025

Dia Mundial dos Pobres

(actualização)

Por vontade explícita na Carta Apostólica Misericórdia et Misera (20 de Novembro de 2016), o Papa Francisco instituiu o XXXIII Domingo do Tempo Comum como Dia Mundial dos Pobres, pois, nas suas palavras, o encontro com os pobres que nos rodeiam "será um momento propício para encontrar o Deus que buscamos".


«Tu és a minha esperança» (cf. Sl 71,5)
9.º Dia Mundial dos Pobres - 16 de novembro de 2025

8.º Dia Mundial dos Pobres - 17 de Novembro de 2024
 
7.º Dia Mundial dos Pobres 19 de Novembro de 2023

 6.º Dia Mundial dos Pobres 13 de Novembro de 2022

«Sempre tereis pobres entre vós» (Mc 14, 7)
 5.º Dia Mundial dos Pobres - 14 de Novembro de 2021

«Estende a tua mão ao pobre» (Sir 7, 32)
 4.º Dia Mundial dos Pobres - 15 de Novembro de 2020
Este ano vivido numa situação ainda mais difícil, com a pandemia.

«A esperança dos pobres jamais se frustrará» (Sal 9, 19)
3.º Dia Mundial dos Pobres - 17 de Novembro de 2019

«Este pobre clama e o Senhor o escuta» (Sal 34, 7)
 2.º Dia Mundial dos Pobres - 18 de Novembro de 2018

 
 1.º Dia Mundial dos Pobres - 19 de Novembro de 2017
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Fica sempre um pouco de perfume,
Nas mãos que oferecem rosas,
Nas mãos que sabem ser generosas. (Bis)

Dar o pouco que se tem
Ao que tem menos ainda,
Enriquece o doador,
Torna a alma ainda mais linda.

Dar um pouco de alegria,
Parece coisa tão singela,
Aos olhos de Deus, porém
É das graças a mais bela.
(Fica sempre um pouco de perfume, Irmã Judith Junqueira Vilella)  Acordes e ouvir
                                                                                  Pauta



segunda-feira, outubro 27, 2025

A humildade é a verdade


«Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Esta é uma saudação bem conhecida, pois se usava muito há algumas décadas. E, é bom dizê-lo, que se usa ainda em ambientes e comunidades profundamente cristãs. Assim vamos também enriquecendo a nossa formação, para procurarmos cada vez mais ter uma vida em Cristo. Glória a Ele pelos séculos dos séculos, assim termina a segunda leitura, com uma expressão de louvor!

No início de mais uma partilha eucarística, quando estamos a falar de saudações, quero também chamar a atenção para a saudação que se usa no início da Missa, que se inspira exatamente nas saudações bíblicas, que vos apresentei em partilhas anteriores. Na próxima semana, começarei a apresentá-las. Contudo, estejam já atentos a elas, e reparem como são normalmente trinitárias, isto é, convidam à relação com as três pessoas da Santíssima Trindade.

Como estamos gratos por chegarmos à celebração do XXX Domingo comum, aproximando-nos do fim do ano litúrgico, que ocorre daqui a cerca de um mês, com a solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo. Isto significa que tudo se encaminha para que Cristo reine em nossos corações, seja o nosso Rei e Senhor. É por isso que em cada semana, no domingo, que é dia do Senhor, vamos ao Seu encontro, para correspondermos ao chamamento que nos dirige como seus discípulos, seus seguidores.

Neste domingo, a liturgia da Palavra anuncia-nos que Deus está do lado dos humildes e dos pobres, sabendo que Ele não faz acepção de pessoas, como lembra a 1ª leitura.

"Deus omnipotente e omnipotente, aumentai em nós a fé a esperança e caridade; e para merecermos alcançar o que prometeis, fazei-nos amar o que mandais. Por NSJC…" (Oração de colecta do XXX Domingo comum)
A oração pede o aumento das três virtudes essenciais (teologais) da vida cristã. Para isso, há uma condição: viver o amor, para alcançar as suas promessas.
O crente, diante de Deus, deve ser humilde. Só assim pode acolher o dom da Deus. Demo-nos conta que, com muita frequência, se não nos apresentamos com a arrogância do fariseu, presumimos e estamos convencidos de sermos melhores e superiores aos outros. Cuidado!...
"Todo aquele que se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado" (Evangelho: Lc 18, 9-14)

Diz santa Teresa de Jesus que a humildade é a verdade! Húmus é terra. Por isso, rezemos com os pés assentes na terra, e não em bicos de pés, como o fariseu!»
(Pe. Armando Duarte, partilha/reflexão para o XXX Domingo comum ano C e semana que se lhe segue)

«A oração deve ser humilde, ou seja, o diálogo simples de um coração que não quer impor a Deus as suas próprias vontades e urgências, mas se dispõe a escutá-Lo e acolhê-Lo.
(...) Basta que te atires para o Seu colo e te deixes aí ficar.

Não precisas apresentar-Lhe os teus méritos nem justificar a tua vida.
Basta que sintas o que Ele quer de ti…
E depois, vivas a missão que te foi confiada, sendo testemunha d’Ele no mundo.»
  https://fb.watch/CYC2vfLy_3/

sábado, outubro 18, 2025

Rezar sempre sem desanimar

«A todos, chamados à santidade, as melhores bênçãos de Deus!

Queremos progredir no caminho que Jesus Cristo nos oferece na Sua Igreja, porque somos membros, uns com os outros, do mesmo Corpo, e assim procuramos manter uma relação estreita, uma comunhão íntima, que há-de crescer e frutificar. Tal desígnio justifica esta partilha, para manifestar um apoio ao aprofundamento do tesouro maravilhoso que o Senhor nos oferece na santíssima Eucaristia.

Como é bom sentirmo-nos próximos e unidos, na celebração dos mistérios centrais da nossa fé! Como estamos gratos a Deus por dom tão maravilhoso em que nos dá a participar! Vamos fazer da Eucaristia o momento mais alto, central e essencial, do domingo e da nossa semana.

Neste domingo celebra-se o 29º do Tempo comum. Uma vez mais, Deus veio ao nosso encontro, dialogar connosco e falar ao nosso coração. E sempre espera que não fiquemos surdos aos seus apelos, instalados no nosso comodismo, ou fechados na apatia, na indiferença ou no egoísmo. Queremos escutar a Sua Palavra, crescer na sabedoria divina, para progredir na fé e no testemunho, que devemos dar do seu amor. Assim nos convida na segunda leitura. Então Ele atende a oração perseverante do que n’Ele confia. Que a nossa fé seja firme!

"Deus eterno e omnipotente, dai-nos a graça de consagrarmos sempre ao vosso serviço a dedicação da nossa vontade e a sinceridade do nosso coração. Por NSJC…"  (Oração de colecta do XXIX Domingo comum)

Nesta oração pedimos uma graça fundamental para a nossa vontade e o nosso coração: a dedicação e a sinceridade. Sejamos firmes e verdadeiros na nossa relação com Deus.

Deus conhece as nossas necessidades, porque nos ama, e está atento ao que nos é necessário. Ele oferece a salvação a todas as pessoas, que precisam de confiar n’Ele, e estabelecer uma relação persistente. Ter fé é estar e viver n’Ele. Por isso, interroguemo-nos e rezemos:

“Quando voltar o Filho do Homem, encontrará fé sobre a terra?”  (Evangelho: Lc. 18, 1-8)

Este Evangelho começa com uma “parábola sobre a necessidade de rezar sempre sem desanimar”. Por isso, no diálogo, entreguemo-nos nas mãos de Deus, e confiemos sempre n’Ele. Convidando à oração, manifestemos a fé, para estarmos em Cristo. Como está a nossa fé? Será que transforma a minha vida? Frutifica? Compromete-nos?»

(Pe. Armando Duarte, partilha/reflexão para o XXIX Domingo comum ano C e semana que se lhe segue)


🙏 REZAR 🙏


«O evangelho deste domingo narra-nos uma parábola de Jesus,
“sobre a necessidade de orar sempre sem desanimar”.
(...)
Somos chamados a insistir não para convencer Deus,
mas para converter os nossos corações.
A oração é o santuário onde descobrimos o verdadeiro rosto de Deus.

A arte de rezar é a arte de ser —
não se trata de um mero falar, mas de um falar-se, um falar-se confiante.
O que realmente importa não são as palavras.
Podemos falar-nos de muitas maneiras — em silêncio,
naquela fronteira ardente que é o calar ou o ficar e nada mais.

💫 Rezar é respirar, porque a oração é como o ar para a nossa vida.
Rezar é pensar, é conhecer Deus, como fazia Maria,
que guardava os eventos no seu coração.

Rezar é também lutar com Deus, sobretudo quando se está na aridez,
na escuridão da vida, quando elevamos ao céu o nosso grito desesperado.

E, finalmente, rezar é amar, poder abraçar Deus.»

Porque:
"O nosso auxílio vem do Senhor, que fez o céu e a terra."
SALMO RESPONSORIAL Sl 120 (121)

sábado, outubro 11, 2025

Ser gratos e seguir caminho

«Graça e paz da parte de Deus nosso Pai, e da do Senhor, Jesus Cristo!

Esta é uma saudação corrente em várias cartas de S. Paulo, e que quero usar, para vos ajudar a mergulhar na Palavra de Deus, e perceber como ela é fonte de inspiração, para o nosso ser e agir de cristãos.

Estamos a retomar do caminho catequético em muitas comunidades. Que nos disponhamos a fazer a verdadeira iniciação cristã, progredindo na fé, na vivência sacramental e no crescimento comunitário. O grande ideal é crescer para uma fé adulta, e não nos contentarmos com umas vagas noções, que não permitem sinais de verdadeira maturidade cristã.

Chegámos ao XXVIII Domingo comum, em que a liturgia nos mostra, com exemplos concretos, como Deus tem um projecto de salvação para oferecer a todos os homens, sem excepção; reconhecer o dom de Deus, acolhê-lo com amor e gratidão, é a condição para vencer a alienação, o sofrimento, o afastamento de Deus e dos irmãos, e chegar à vida plena. Porque a Palavra de Deus “não está encadeada”, como lembra a segunda leitura, libertemo-nos das amarras, que impedem sermos curados e fazermos a experiência de salvação.


"Nós vos pedimos, Senhor, que a vossa graça preceda e acompanhe sempre as nossas acções e nos torne cada vez mais atentos à prática das boas obras. Por NSJC..."
(Oração de coleta do XXVIII Domingo comum)

Para realizar algo de bom, devemos estar abertos à graça de Deus, para que seja ela sempre a frutificar em nós! É o que pedimos nesta oração inicial.


No caminho dez leprosos suplicam a Jesus que se compadeça deles. Jesus curou-os, mas só um soube agradecer. Nove foram curados na sua pele, e voltaram à vida velha; só um experimentou uma vida nova, grato pelo dom recebido, e seguiu o caminho de Jesus com fé.

“Levanta-te e segue o teu caminho; a tua fé te salvou”. (Evangelho: Lc. 17, 11-19)

Precisamos de abrir o coração a Jesus, para que seja renovado por Ele. Ter fé é viver n’Ele, libertar-se de todo o tipo de lepra, e seguir o seu caminho, como discípulo.»
(Pe. Armando Duarte, partilha/reflexão para o XXVIII Domingo comum ano C e semana que se lhe segue)

«Jesus cura dez leprosos, mas só um volta para dizer “obrigado”.
Talvez os outros pensassem que, «por serem judeus, por serem da casa», tinham o direito de serem curados!
Só o estrangeiro é que inverte a marcha da sua vida — para agradecer.
A verdadeira gratidão une aquele que dá e aquele que recebe, num amor gratuito, que não tem preço.
A gratidão toca o nosso ser essencial, pois ativa o que há de melhor em nós.
(...)
“Se a minha oração consistir apenas em dizer ‘obrigado’, já é bastante.”
Dizer obrigado — e senti-lo — muitas vezes muda a vida!»

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